quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

"Chick Lit"


Já ouviu este termo: "Chick lit"?
Para os desinformados e para obter um resumão do termo, vamos ver o que nosso "amigo" Wikipédia diz à respeito:

"Chick lit é um gênero ficção dentro da ficção feminina, que aborda as questões das mulheres modernas. Chick-Lits são romances leves, divertidos e charmosos, que são o retrato da mulher moderna, independente, culta e audaciosa". O gênero vende bem, apesar de ainda estar em crescimento no Brasil, algumas editoras já dedicam selos diferenciados para esse gênero. Ele geralmente lida com as questões das mulheres modernas, humor de ânimo leve. Apesar de algumas vezes que inclui elementos românticos, a literatura feminina (incluindo chick lit) geralmente não é considerada uma subcategoria direta do gênero romance, porque, no Chick lit a relação da heroína com sua família ou amigos pode ser tão importante quanto a seus relacionamentos românticos". (Wikipédia)

Não estou escrevendo para dar minha opinião concreta sobre o dito cujo, mas é certo que este tipo de leitura está ganhando o mundo. Como linguísta que sou (ou pretendo ser), poderia avaliar como todos os outros linguístas, ou seja: "isso é uma infame!"; porém os cânones da literatura que me perdoem, mas neste mundo globalizado que vivemos que vocês não chegaram a conhecer, está difícil encontrar leitura realmente boa, não que elas não existam, elas existem, mas dificilmente chegam até nós, pobres mortais. O que temos na internet, na televisão, nas nossas mãos são os "Chick lit", as histórias dos dentusos, os auto-ajudas (sobre estes eu dou minha opnião: Odeio), entre outros. 
Então, o que fazer? Se render à essa literatura barata? Ou preservar a integridade ( em tom de risos) e ler e reler somente os cânones, sem muitas opções? Sinceramente eu não sei!
Tentei achar uma resposta, li muitos dos livros considerados ou não desse gênero e  posso dizer  que abro mão de Paulo Coelho (Opinião antiga), dos dentusos, e de livros de auto-ajuda (Muito obrigado, eu não quero); porém há alguns, relacionados ao termo discutido, que me proporcionaram certo prazer, poderiam, talvez, ser considerados Literaturas Infanto-Juvenil, mas que a "Ordem do Letreiros" me perdoem se eu estiver errada.
Isto tudo não é opinião de quem aprova os "Chick lit", porque não aprovo, mas também não culpo quem lê, principalmente os adolescentes que veem a literatura "verdadeira" como tortuosa, e que não tem outras opções, já que a mídia só propaga este tipo de leitura. Ademais (sem preconceito), se surgir o interesse, deixo alguns dos livros considerados "Chick lit", para o desfrute alheio:
Em um tópico futuro, colocarei os livros que realmente gosto. 
SAQUETTI, Thais.






























terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Depois que cresci


Quando cresci
Percebi que a Cuca não pega ninguém,
Que o Saci não faz trança no rabo do cavalo,
Que quem põe doce debaixo da cama, na Páscoa, é o Papai,
E no Natal, o presente, quem traz é a Mamãe.

Aprendi que não é fácil estudar, mesmo que você goste,
Que mesmo sendo muito bom, talvez, não será o melhor,
Que amar não é sinônimo de estar completo,
Que completo pode significar sozinho,
Que nada na vida é tão grande quanto o meu desejo,
Mas que o desejo se torna pequeno,
porque sonhos morrem todos os dias.

Percebi que apesar de estar sempre acompanhada, um dia acordei sozinha,
Que o entusiasmo na manhã é pouco aceito e difícil de encontrar,
Que a esperança não é a última que morre, morre antes,
Que nem todo mundo ama os singelos gatinhos,
Que não importa o quão você está feliz, isso não contagia,
E não importa o tamanho da tristeza, ela não vai envolver o mundo,
Que pessimismo virou realismo e otimismo deixou de existir.

Aprendi tudo isso depois que cresci,
E depois que escrevi,
Aprendi que era grande quando criança,
E que hoje sou minúscula em vista do que já fui um dia.

SAQUETTI, Thais

Como me apaixonei pela Literatura

Muitos entendem a literatura como objeto de estudo, de análise, de comparação. Porém, esquecemos do objetivo principal dos livros literários que é de nos fazer sentir emoções desconhecidas, divertir, entreter, investigar. Consequentemente, alunos leem por obrigação, por nota, pois foram “induzidos” a pensar em literatura como algo que só faz parte da escola, sempre com o intuito de estudar e nunca de entreter. 
O leitor percebe a literatura como de fato ela é, quando lê e se senti envolvido na história. Vive a realidade do livro, questionando e buscando descobrir todos os segredos e mistérios que por vezes constituem uma narrativa. Essa é a importância da literatura, aproximar o leitor do livro, fazê-lo pertencer à história. E na verdade pertence. O que seria do livro sem o leitor, sem a perspectiva do leitor. A vida sem literatura é a mesma coisa que o livro sem o leitor; todos os mundos possíveis estão lá, mas vão ficar lá.
Meu primeiro contato com a literatura foi na infância, ainda bem pequena, quando ainda não tinha capacidade para ler sozinha. Meu pai me contava a história de um menino que se perdeu e tentava voltar para casa; esse menino enfrentou várias dificuldades na sua longa jornada e quando conseguiu encontrar sua família percebeu que muita coisa havia mudado. Ao terminar a história, eu e minhas irmãs pedíamos para ele repetir e escutávamos a mesma história várias vezes na noite e na outra noite tudo se repetia. Com o passar da história, nós criávamos tudo na nossa imaginação, como, por exemplo, a volta do menino: “Miguel avista lá de longe, no escuro, uma lamparina acesa, talvez deixada de propósito para sua volta; a casa já não era tão bonita, mas, Miguel não tinha noção do tempo que ficou perdido, porém ao reconhecer que era, sim, sua casa, seu coração se enche de alegria. Mesmo sem sentir suas pernas, ele corre, e quando chega à porta, bate, apenas três vezes. Uma mulher calma, com cabelos brancos que já não mantém suas costas tão eretas, atende. Miguel se surpreende, e por apenas um momento se questiona sobre quem era aquela mulher, mas o coração de um filho não se engana, e ao olhar no fundo dos seus olhos vê que está diante de tudo o que mais queria: reencontrar sua família. Era sua mãe com um olhar cansado e triste. Sem nada dizer, ela apenas segura em sua mão e o leva até uma pequena mesa com apenas uma cadeira onde seu pai está com a cabeça pousada sobre a mão; Seu coração não agüenta de tanta felicidade e tristeza ao mesmo tempo, pois percebeu o tanto de tempo que ficou sem sua família. Seu pai chora, não com as lágrimas que antes derramava, mas com as lágrimas de felicidade. Vagaroso ele se levanta; porém, sem tanta força para lhe dar o abraço que realmente merece.  
Hoje percebo que essa história inventada por meu pai, foi meu primeiro contato com a literatura, pois me fez viajar com o garoto perdido em outros mundos, me fez sentir compaixão, saudade, amor, felicidade, tristeza. Sentimentos que provavelmente nem havia sentido, ainda, na minha vida, mas que de certa forma foram despertados por essa história.
Livros como: “O pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry; “Fábulas”, de La Fontaine; “O mistério do caderninho preto” e “A menina que aprendeu a voar”, de Ruth Rocha; “A marca de uma lágrima”, de Pedro Bandeira e “Aviuvinha” de José de Alencar; fizeram parte da minha infância/adolescência. Destaco, entre os livros citados, o primeiro. Frases como “... tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” e “Foi o tempo que dedicastes à tua rosa que fez tua rosa tão importante" foram de fundamental importância na minha vida, pois me fez refletir sobre meu comportamento diante das pessoas que fazem parte da minha vida, pois eu as cativei e sou responsável por elas.
Meu pai sempre me contava histórias, adoraria fazer o mesmo por alguém, não o faço por falta de oportunidade, pois essa simples mudança de livro e leitor, para livro leitor e ouvinte faz a situação ficar bem interessante, pois, apesar da leitura ser um exercício solitário, não precisa ser sempre dessa forma. Não há desculpas para não ler. Para quem não gosta de ler sozinho, há sempre essa opção: ler para alguém ou ouvir alguém ler.
Além da literatura, outras artes como cinema, música, pintura fizeram parte da minha formação. O cinema foi o que mais me influenciou, ver filmes significa, assistir aquilo que não posso ler ou ainda não tive oportunidade. O cinema se aproxima da literatura: faz-nos viajar, sentir; porém, em outros aspectos se distancia, pois na leitura você percorre um caminho mais apurado, mais cauteloso, buscamos cada significado de uma palavra, cada expressão; o que o torna mais interessante, mas divertido. Já os filmes são de rápida observação, talvez, facilitando, assim, o papel do leitor. Ademais, concluímos que é o difícil que nos instiga, nos faz crescer e amadurecer como leitor e também como ser humano.

SAQUETTI, Thais.

Thais Alessandra Sachetti





Thais Alessandra Sachetti, 21 anos, estudante de Letras (UNESP), apaixonada por animais e pelos pensamentos humanos. Esse é o meu nome e algumas características minhas, mas só isso não diz, exatamente, quem eu sou. Então quem vai dizer?! Eu?! Díficil, acho que não! Estou me descobrindo e redescobrindo a cada dia! E características não determinam um ser, pois não se pode rotular uma pessoa, ninguém a conhece completamente nem ela mesma. XoXo

"Aparentemente Simples"

Por mais que alguma coisa parece simples, acredite, ela tem uma importância no universo. Nunca ouviu sobre a teoria do Caos? : “Algo tão pequeno como o vôo de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo.” , ou então: “Se eu entender como funciona a memória de uma minhoca, isso me ajudaria a entender a complexidade do cérebro humano”. É exatamente isso que "Aparentemente Simples" quer mostrar. Uma palavra, um sentimento, um olhar, um aperto de mão, um não, um sim, um talvez; tudo isso e muito mais, podem parecer simples, mas num "total"são de grande importância e podem direcionar uma vida, mudar sentimentos, tirar razões. Então, não se esqueça, mas se esquecer este blog lhe lembrará sempre, coisas que aparentemente são pequenas e simples podem machucar um coração e, pior, vc pode amar este coração.